Pesquisa revela comportamento de jovens na era digital

Principais sites frequentados são as redes sociais.

 

Mariana Fabrício – Diario de Pernambuco

 

 

A maneira de buscar informações e se comunicar mudou completamente na era digital. Como consequência, o comportamento, sobretudo dos mais jovens, que estão mais próximos dessa realidade, vem mudando. A facilidade de acesso à internet através de dispositivos móveis aumentou o tempo que as pessoas passam conectadas. Essa é uma realidade que pode ser comprovada em recente estudo feito pela Fundação Telefônica Vivo. A pesquisa Juventude Conectada entrevistou 1440 jovens entre 16 e 24 anos em diferentes regiões do Brasil e revelou que 71% dos jovens acessam a internet através do celular.

Os dados levantados sobre o comportamento dos jovens apontam também que os principais assuntos buscados são cultura e esporte. Quanto aos dispositivos utilizados, o computador de mesa aparece em segundo lugar com 33%, seguindo pelos notebooks (22%) e tablets, que apresentam a menor quantidade, apenas 3%.

Já os sites mais visitados são as redes sociais, que representam 58%. Entre as mais acessadas estão Facebook (89%), E-mail (29%) e Twitter (27%). Para se comunicar, 45% utiliza mensagens instantâneas e apenas 35% fazem uso do e-mail.

A especialista no tema juventude online no Brasil, Gabriella Bighetti justifica a importância de conhecer o perfil dos jovens. “Acreditamos no potencial de transformação das tecnologias e dos jovens. O estudo desses dois fatores ajuda a entender os novos caminhos da educação, novos padrões de comportamento e consumo, o novo perfil dos atores políticos e o futuro dos empreendedores da economia brasileira”, explica.

A influência da internet aparece também nos estudos. Para 49% dos entrevistados, a internet mudou o hábito de buscar informações. Os jovens conectados apresentam um novo padrão de estudo, no qual a busca na internet é mais relevante do que outras fontes: livros, jornais e revistas e as próprias instituições de ensino. Os que já utilizaram a internet em casa para a realização de atividades propostas em aula chega a 82% e 60% dos jovens dizem que é mais fácil realizar trabalhos escolares consultando a internet. A maioria (53%) dos jovens afirmaram que o uso de smartphone não atrapalha na sala de aula, declarando que o acesso à internet melhora o relacionamento entre professor e aluno.

A pesquisa aconteceu durante as manifestações que ocorreram em todo o Brasil em 2013 e os números mostraram que os jovens estão mais engajados virtualmente e mobilizados para ir às ruas por meio das redes sociais. Para 44%, a internet contribui com o aumento da visão crítica dos jovens e 41% somente participaram de mobilizações sociais por causa de amigos (convites via redes sociais).

Quando o assunto é utilizar a internet para desenvolver projetos, a maioria considera essa uma opção. Dos jovens pesquisados, 51% entendem que é possível ganhar dinheiro trabalhando ferramentas da internet, entretanto, apenas, 34% pensam em usar a internet para desenvolver um negócio próprio.

E apesar da grande quantidade conectada, a interação ainda é pouca. Apenas 15% atualizam páginas ou blogs diariamente e 12% participam de fóruns de discussão pelo menos 1 vez por semana. Em contrapartida a quantidade volumosa de acesso, é menos da metade a porcentagem daqueles que se preocupam com a segurança virtual. Representam 47% os jovens brasileiros que se preocupam com a privacidade e proteção de dados na internet.

Nordeste

A pesquisa também destacou números importantes do uso da internet dos jovens nordestinos. Eles são os que mais acessam as redes sociais várias vezes no dia, representando 66%. Desses, 76% acessam pelo celular.

Quantos aos sites visitados, o Facebook apresenta recorde. As visitas na rede social representam 96% na região e 100% nas capitais nordestinas.

Aqui também estão os jovens que são mais preocupados com privacidade na internet. Cerca de 63% afirmaram ser cautelosos neste sentido. Críticas, embates e discussões decorrentes de suas postagens também preocupam os jovens. Dos entrevistados, 66% tem receio de conflitos, não aceitação e bullyng.

Jovens nordestinos também são os que mais acreditam (52%) no potencial da internet no desenvolvimento de novos negócios. Investimentos em polos digitais, como o de Recife, são apontados como influentes sobre este comportamento.

 

Sobre o autor

Postagens Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *